Desde fevereiro de 2020 a pandemia gerada pelo novo coronavÃrus SarsCoV-2, vÃrus gerador da doença COVID-19, tem causado muitos óbitos,
principalmente nos grandes centros urbanos. No Brasil, um dos estados mais
afetados foi o Rio de Janeiro que, apesar de todas as ações feitas para mitigar o
avanço da COVID-19, chegou em 01 de março de 2021 a uma taxa de
mortalidade de 206,9 por cento, que corresponde a aproximadamente 207 óbitos a cada
mil habitantes. No entanto, os municÃpios do RJ foram atingidos de maneira
distinta, onde a cidade menos afetada alcançou 9,7 por cento e a mais afetada 331,3 por cento.
Estudos prévios da literatura especializada indicam que a principal razão desta
discrepância pode ser associada à fatores relacionados a população, renda,
educação, saúde, economia, território e ambiente. Portanto, esse trabalho tem
como principal objetivo identificar os principais fatores socioeconômicos,
sociodemográficos e de acesso a recursos hospitalares que estão associadas a taxa
de mortalidade oriunda do Sars-CoV-2 nos noventa e dois municÃpios do estado
do Rio de Janeiro com base no modelo de Regressão de Poisson, no perÃodo de 01
de março de 2020 a 01 de março de 2021, contabilizando 12 meses. A partir do
modelo escolhido foi possÃvel detectar que dez dos onze fatores analisados
influenciam na taxa de mortalidade. Sendo os fatores, Ãndice de desenvolvimento
humano municipal (IDHM), Renda per capita (RDPC), Percentual de pobres
(PMPOB), Produto interno bruto (PIB), Taxa de frequência bruta ao superior
(T_FBSUPER), percentual de aglomerados subnormais (PER_AGSN), Densidade
demográfica, Número de leitos hospitalares do SUS por habitante, Número de
leitos hospitalares totais por habitante e Número de respiradores por habitante.
Assim, os resultados obtidos com base nesses fatores analisados podem auxiliar
na criação de ações mitigadoras mais direcionadas e eficientes, de acordo com as
caracterÃsticas dos municÃpios do estado do Rio de Janeiro.
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